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Antônio Olinto, no sudeste paranaense, deu início ao seu processo de povoamento através do Serviço de Colonização do Estado do Paraná. No ano de 1895, o diretor Cândido Ferreira Abreu  dividiu uma extensa área em 400 lotes de 10 alqueires e destinou-os aos imigrantes eslavos, poloneses e ucranianos. Os pioneiros da região foram 18 famílias polonesas e, em seguida, começaram a chegar às primeiras famílias de ucranianos.

Colônia conhecida primeiramente como Pequena, logo a localidade já contava com mais de 370 famílias ucranianas e 84 polonesas. Com esse crescimento, em 1902, recebeu a implantação de um distrito policial e a denominação de Antônio Olinto, visando homenagear o Ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas, responsável pela colonização ucraniana no Brasil, Dr. Antônio Olinto dos Santos Pires.

No ano de 1938, o Distrito teve, por alguns meses, seu nome alterado para Divisa, o que não foi aceito pela sua população e, dessa forma, a denominação original foi retomada. Somente em 31 de março de 1958, Antônio Olinto foi elevado à categoria de município desmembrado da Lapa, através da lei estadual nº. 6.667, assinada pelo governador do Paraná, Moysés Lupion. Porém, sua instalação ocorreu apenas 3 anos depois, em 24 de outubro de 1961, data em que é comemorado seu aniversário.

MIGRAÇÕES

Registramos em nosso município que o êxodo rural ocorreu de forma acentuada a partir do processo de mecanização agrícola e devido à falta de incentivo para a produção, sujeitas às alterações climáticas que têm ocorrido nos últimos anos causando frustrações em safras.

Houve migrações para Curitiba, Rio Negrinho, São Mateus do Sul, Lapa, Três Barras. Ressalta-se também o fenômeno da população flutuante, que com muita facilidade desloca-se de um município vizinho para outro, bem como dentro de próprio município, alterando-se entre a zona urbana e rural. Nota-se de forma acentuada o êxodo das famílias da área rural para a área urbana.

 ASPECTOS ECONÔMICOS

A principal fonte de renda e trabalho em nosso município é a Agricultura, somos praticamente 90% agrícola, empregando basicamente 2.460 pessoas (agricultores familiares e seus dependentes ativos) na execução do trabalho na agricultura.

A atividade de exploração vegetal principal executada pelos agricultores é da erva mate, que 400 agricultores além de sua mão de obra familiar contratam em media temporariamente 150 pessoas, nos meses de julho e agosto, na colheita.

Existem 275 funcionários públicos. Na construção civil (autônomos) são em torno de 120 pessoas que atuam como pedreiro, carpinteiro e serventes. Na atividade comercial são 287 pessoas. Na área rural são 510 trabalhadores volantes que obtém sua renda vendendo mão de obra temporariamente nas indústrias de transformação são 124 pessoas. Em outras atividades há 442 pessoas. O total da população ocupada é de 3.708 pessoas. A renda per capita é de R$ 381,28.

A cultura do feijão que era a principal fonte de renda dos agricultores familiares vem perdendo espaço para a cultura da soja, devido a mesma ser totalmente mecanizada na totalidade do seu ciclo, e a cultura do feijão passa por uma dificuldade na colheita devido a falta de mão de obra e o baixo preço do produto. A cultura do milho é cultivada em todo o município, onde também está perdendo espaço para a cultura da soja, pelo motivo de alto custo de implantação. A cultura de batata vem sendo explorada ultimamente apenas por médios e grandes produtores. Outra fonte natural de riqueza do município e que vinha sendo explorada apenas como extrativismo é a erva-mate, que hoje vem sendo trabalhada como cadeia produtiva da região, e pelo motivo do bom preço, está atraindo novos investimentos. É também bastante significante economicamente a bovinocultura de leite, onde atualmente esta sem muita atração a novos investimentos, pela cultura do povo local. O município também dispõe da cultura do fumo, o qual é atendido por firmas integradoras, sendo que esta atividade contribui muito na geração de renda das pequenas propriedades. Outras fontes de renda nas propriedades é o cultivo florestal com pinus e eucalipto, fruticultura. A olericultura vem se destacando através de parcerias com empresas integradoras devido a garantia de mercado e preço estável. Na parte de criações, praticamente todas as famílias tem alguma espécie animal na propriedade. Porém são poucos os cuidados dispensados aos mesmos. Os animais criados são: aves, suínos, eqüinos, caprinos, ovinos e bovinos, geralmente de baixo padrão genético. (Fonte: Secretaria de Agricultura / 2014).

 Agricultura familiar

Levando-se em consideração a área, renda e categoria dos produtores, estima-se que no município 80% são agricultores familiares. Alem da produção de grãos, leite, cebola, fumo, erva mate e olerícolas para o mercado, culturas como arroz, mandioca, batata-doce, alho, entre outras, praticamente todas as famílias exploram com finalidade de consumo e comercialização do excedente. (Fonte: Secretaria de Agricultura / 2014).

PERFIL AMBIENTAL

Abastecimento de Água:
No Município de Antonio Olinto (sede e comunidades) é suprido com água captada de poços artesianos. A água antes de chegar ao reservatório domiciliar, passa por uma série de etapas de tratamento, realizado pela SANEPAR, visando adaptá-la ao uso doméstico.
O Município de Antonio Olinto possui 621 ligações com água tratada, ou seja, 100% da população urbana (SANEPAR). Nas áreas rurais, somente 23% recebem água tratada em suas propriedades.
Com dados coletados no SIAB-2013, o abastecimento de água no município esta dividido em: rede pública 866 casos, poço ou nascentes 1.910 casos e outras formas 5 casos. O consumo de água filtrada é de 10 casos, água fervida 32 casos, água com processo de cloração 818 casos e água sem tratamento 1.921 casos.

Coleta de Lixo:
A coleta de lixo é efetuada periodicamente no município, por empresa terceirizada, o qual se destina para o Município de São Mateus do Sul, onde é feita a reciclagem a partir de 02/2014.

Fonte:  Material fornecido pela Prefeitura Municipal de Antônio Olinto.

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